E então,
surgem as disputas, seja entre vertentes de Quimbanda ou de Kimbanda, entre
adeptos de sistemas mágicos em geral que também usam exus e pombagiras, e
adeptos das várias Umbandas e Encantarias.
Como
ficamos em meio a esse pé de guerra, informações conflitantes e métodos
diferentes de fazer a mesma coisa? nós focamos nos aspectos generalistas! Os
aspectos generalistas, tratam-se de entender quais os aspectos que se “repetem”
na maioria das vertentes, sejam esses aspectos teóricos, ritualísticos, e de
costumes regionais.
Tal qual acontece em cultos ancestrais diferentes, existem coisas iguais ou
equivalentes em vários cultos, coisas muito parecidas, onde se muda apenas a
forma de se fazer tais coisas, mas com a mesma finalidade.
Por exemplo: as Quimbandas Independentes, possuem: Culto a Eguns, Assentamentos
diferenciados para entidades diferenciadas (entidade voltada ao amor/sexo, ao
financeiro, a saúde, a defesa/ataque, a limpeza espiritual, etc).
Sabendo destes princípios, se alguém de alguma vertente, apresentar a você algo
parecido com isso, e anunciar que a sua vertente é exclusiva naquele aspecto,
desconfie! Provavelmente, buscando informações em outras vertentes, encontrará
recursos semelhantes, direcionados a mesma finalidade.
Se o método da vertente A será melhor que o método da vertente B, vai depender
de uma série de coisas, como estudo minucioso, munido de conhecimento profundo
de ambas as vertentes, e até mesmo a dedicação de cada pessoa naquele método de
trabalho. Por isso, não entraremos em detalhes sobre esse impasse.
O objetivo aqui, é mostrar que não devemos cair no engodo de sacerdotes, que
tentam se impor, e sim procurar conhecer “sem compromisso” tais aspectos
generalistas da Quimbanda. para depois, ter acesso aos métodos específicos,
seja através da iniciação e prática, seja através de acertar com um Sacerdote
de Quimbanda, um valor em dinheiro para receber este conhecimento.
Sim, o conhecimento confiável sobre uma vertente, está com os sacerdotes
credenciados daquela Quimbanda! O Pai Google de aruanda e outras fontes, podem
render desde informações desencontradas, fora do contexto, ou expostas
erroneamente por opositores declarados.
Por isso, se quer algo com razoável procedência, é apenas com os
Sacerdotes e Sacerdotes, na maioria das vezes, cobrarão por essa “Consultoria” sobre o
culto que praticam.
Em minha experiência, sempre recomendo buscar o culto mais “homogêneo”
possível, que tenha uma codificação fechada, ou próximo disso. E sabe por que?
Porque se tratando de tradição, e métodos seguros, confiáveis e com resultados
no longo prazo; necessitam de um modus operandi que tenha durado um bom tempo!
E feito por diversos adeptos!
Citarei o exemplo dos sistemas mágicos: - Você confiaria sua vida, de imediato,
em um sistema mágico criado agora? Talvez você até pudesse ter sucesso, porém,
como “Rato de laboratório mágico”, estaria sujeito desde efeitos colaterais,
até prejuízos irreparáveis, de difícil solução, ou de solução fora do seu
alcance financeiro. Com certeza o método
mais seguro, seria algo praticado por muitos anos, e de eficiência já posta a
prova e refinada.
O mesmo se aplica a vertentes de Quimbanda que mudam a todo momento seus
assentamentos, que são as representações físicas dos exus dentro do culto, ou
de pessoas que, não respeitam uma codificação. Elas “incorporam”, e tudo o que
a entidade fala, ela faz, inclusive mudanças no culto ao qual foram iniciadas, ou seja, a entidade “fala mais alto” do que a egrégora de quimbanda em questão!
São práticas que não são seguras e não pense que porque você obteve resultados
positivos em práticas que não seguem uma codificação consolidada, significa que
aquele culto está aprovado.
Afinal, quem realmente pratica a magia, sabe que muitas vezes, como resultado
de nossas práticas, podemos ganhar algo que tanto queremos, como também podemos
perder algo que tanto gostamos, em contra-partida. Ficando no zero a zero.
Algumas vertentes de Quimbanda dão para si muitos anos de existência, algumas
mais de 100 anos, outras 50, 70 anos… e outras menos de 10 anos. Procure verificar “De onde saiu” essa
vertente.
- Saiu de outra vertente de Quimbanda? Ou foi codificada sem dissidência?
- Saiu de um adepto que resolveu incorporar seu Exu e criar sua Vertente?
- Saiu de um adepto que sequer foi
iniciado em uma Quimbanda Independente?
- Saiu de um adepto que sequer era sacerdote na vertente anterior?
- Esta vertente segue á risca uma codificação, ou a pessoa pode modificar tudo
a qualquer tempo?
- Esta vertente idolatra a incorporação individual, acima das práticas
coletivas de uma egrégora?
- Esta vertente possui tudo o que uma Quimbanda precisa, para ser considerada
independente?
Estas são apenas algumas questões, e o futuro adepto vai formular novas
questões, pois uma questão, levanta outra, e assim por diante. É preciso que a
Vertente seja realmente independente, para ser considerado um culto em
separado, e não um culto atrelado a outro.
Culto a Eguns, Sacrifícios, ritualística própria que garanta sua
individualidade, Hierarquia particular e regras rígidas aplicáveis a todos os adeptos,
são apenas alguns dos elementos que devem ser verificados antes de avaliar se
determinada vertente realmente busca crescer como egrégora, ou se ela se aplica
como um culto de codificação incerta, sem padrão. Onde cada um fará o que bem
entender, e por consequência, não poderá ser cobrado por outros adeptos.
E pra finalizar, vertentes de Quimbanda possuem nomes! Não existe vertente sem
nome! Se uma vertente não possui uma forma própria de ser chamada, ela não é
uma vertente, é um culto a Exu e Pombagira, que ficará fora de avaliação e não
servirá de parâmetro.
No próximo Texto, iremos falar sobre o Passo a Passo que um simpatizante deve
seguir, caso deseje ser um Quimbandeiro. Até Lá!
Luberoth
Site: http://www.magoluberoth.com.br/
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