O que é Tantra? (Parte um)
por Youssef Ishbaq @youssefishbaqoficial @os7portais
Templo Tântrico |
O Tantrismo Ancestral na Tradição Uga-Mus é fundamentado no Tantra Ancestral dos Drávidas e não acomoda as práticas do Tantra moderno Branco ou Preto.
O termo Tántra significa: rede, tecido ou tela, ou também a trama do tecido [regido por uma regra geral], assim como o acordoamento de um instrumento musical. Outra interessante tradução para o termo é "aquele que propaga o conhecimento". Inclusive, segundo Shivánanda, explica
[tatoni] o conhecimento relativo a tattwa e mantra, por isso se chama Tantra. Não podemos ignorar a correlação etimológica sugerida pela frase "vakrat vak tantraram", que designa a Tradição Oral "boca à ouvido".
Tántra é o nome dos antigos textos de transmissão oral [parampará] do período pré-clássico da Índia. Mas tarde algumas dessas tradições foram escritas e tornaram-se livros ou escrituras secretas do Induísmo. Na quela distante época da origem do Tantra, a Índia era habitada pelos Drávidas, cuja sociedade e cultura eram matriarcais, sensoriais e des-repressoras. Por está razão passaram para a historia como sendo o povo tántrico, já que está filosofia está caracterizada principalmente por estas três qualidades [matriarcais, sensoriais e des-repressoras]. Além do mais, isso é uma noção amplamente divulgada e universalmente aceita.
O Tánta, o Sámkhya e a Yöga são três das mais antigas filosofias Indu e suas origens remontam a Índia proto-histórica, ao período Drávíco. Talvez por isso essas três tenham mais afinidades entre si, que cada uma delas com qualquer outra filosofia surgida posteriormente.
YôgaTántra-Sámkhya [Dakshinacharatántrika-Niríshwarasámkhya Yôga] ou Swásthya Yôga como conhecida hoje em dia, é a Yöga mais antiga e tem suas raízes no Tántra-Sámkhya.
A Historia do Tántra como uma filosofia comportamental de características matriarcal, sensorial e des-repressora, tem sua origem na maior parte das sociedades primitivas não-guerreiras. Toda a sociedade cuja cultura não estava centrada na guerra, valorizava a mulher e inclusive a divinizava, pois ela era capaz de realizar um milagre que o homem não compreendia e também não conseguia reproduzir:
Ela dava a vida a outros seres humanos. Gerava o próprio homem. Por isso era adorada como encarnação da própria divindade. E mais: Através das práticas tántricas, era a mulher a que despertava o poder interior do homem por meio da Sexualidade Sagrada. Inclusive a mulher é ainda hoje reverenciada como a "Deusa" no Tántra.
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