PARTE I
No Antigo
Egito, a religião era primordial e teocêntrica, estava presente do nascimento
até a morte do individuo (ritos fúnebres). Os deuses participavam das
atividades corriqueiras, festas, ritos de casamentos, ou seja, em todas as
atividades humanas eles eram lembrados e homenageados.
A religião
era de cunho politeísta, antropozoomórfica, suas crenças foram registradas no
Livro dos Mortos. Os Egípcios acreditavam em vida após a morte, que os levaram
a desenvolver técnicas de mumificação, para garantia da passagem para outra
vida, pois eles acreditavam que a alma, precisava de um corpo conservado para
morar por toda eternidade.
Os Egípcios
tinham incontáveis deuses com aparência e funções variadas, sendo universais ou
apenas locais/ regionais. As artes, como pinturas e esculturas, eram dedicadas
à glorificação desses deuses.
O início da cosmogonia
*Existem teorias que
encaixam THOTH como filho de SETH, em outras de RÁ-ATUM, nesse caso ele se
senta na barca de seu Pai junto com Bastet.
Cosmogonia é
qualquer modelo, teoria ou especulação sobre criação do Universo nos mitos
religiosos, tendo em muitos deles a água, como substância primordial da criação.
Para os
egípcios, a criação se dá de um único ato da vontade suprema, a partir da
escuridão do caos original.
Seu criador
era NUN, o espírito primogênito, que possui aspecto de barro. De NUN, surgiu a
primeira força em forma de espírito de LUZ, RÁ, o pai de tudo que habita sob
seus raios.
Da vontade
de Rá, irá nascer os dois primeiros filhos diferenciados: Tefnet deusa das
águas que caem na terra e Chu deus do ar, permanecendo no firmamento
compartilhando a glória do Pai e seu poder (e eles permaneceram ‘incesto’ lugar
em safadeza ahhshshagh)
Tefnet e Chu
se unem e criam dois novos filhos, Geb, deus da terra e Nut, deusa do céu, que
também se unem e criam os 4 filhos do céu e da terra, formando a primeira
geração de deuses a viverem no solo do Egito, dando luz a ideia de bem e mal morte
e vida. São eles: ÍSIS, OSÍRIS, NÉFTIS e SETH.
*Conta-se que Rá, o
deus SOL e da criação, ficou irado com a união de Nut, a estrelada, com GEB,
personificação masculina da terra, pois tinha muito medo de ser destronado.
Sendo assim, quando descobriu a existência dos filhos desses deuses, obrigou a
Shu, o AR, que permanecesse entre eles, os separando pelo sopro, evitando
assim, o nascimento de novos deuses.
RÁ
Em alguns
cultos, chamado de ATUM-RÁ, outros AMÓN-RÁ e em alguns mitos ele se funde com
HÓRUS, formando RÁ-HORAKHTY. Há outro mito em que Rá se metamorfoseia em ATON,
isso no reinado de Amenhotep III. O deus Sol, dono da barca Solar. Tem sua
personificação associada ao falcão e ao gavião. Rá guerreia com a serpente
APÓPHIS ou APEP, personificação do caos, ao cair de cada noite (diga-se de
passagem, leva um pau da Apep toda noite, já que logo foi substituído pelo
poderoso Seth, por estar velho e cansado).
OSÍRIS
Considerado o primeiro faraó da terra, filho
mais velho de Geb e Nut, deus que julga os mortos e também responsável por
fartura.
Sua
representação como animal era rara. A cor verde ou negra para sua pele era a tonalidade
mais usada, como representação de renascimento e fertilidade. Consorte de sua
irmã Ísis, pai de Hórus, foi o deus mais famoso do panteão egípcio devido aos
inúmeros templos levantados. Dono de um dos maiores e mais complexos mitos,
guerreia com seu irmão Seth, onde tem seu corpo encarcerado num ataúde numa festa
cerimonial traidora. Depois é resgatado por sua esposa Ísis, ressuscitado pela
mesma com seus dons mágicos e assim podendo gerar Hórus ( em alguns mitos,
dizem que a Ísis copula com ele mesmo morto, pois n conseguiu trazê-lo de volta
a vida. Parece que necrofilia era fetiche antigo e teve uma percursora hehehe
:3). Após isso entra novamente em batalha com Seth, fazendo que tenha o seu corpo
esquartejado e espalhado pelos confins do Egito. Osíris então passa a reinar no
submundo julgando as almas dos mortos. Perante o tribunal de Rá, lutou pra que
Hórus retomasse o reino das terras férteis do terrível Seth, que era seu por
direito.
*Magnância de Osíris, o ressuscitado.
ÍSIS
Também
conhecida em alguns cultos como Hathor, A deusa da maternidade e fertilidade,
além de protetora dos mortos, mãe de Hórus e também esposa de Osíris. Em seus
mitos, é uma poderosa e astuta feiticeira, que acaba roubando o conhecimento e
poder de Rá, infringindo-o com a picada de uma serpente, que somente ela sabe o
antídoto, (para descobrir um dos nomes de poder de Rá, somente com o animal
mais peçonhento do Egito, que por sinal nos lembra a grande Apóphis ne? ORA ORA
ORA temos uma xeroque Holmes aqui). Ísis tem um papel fundamental no mito de
Osíris, pois é ela quem vai ao resgate do amado de forma leal, todas as vezes
que é destronado por Seth. O culto a essa deusa, oriundo do delta do Nilo, se
estendeu as fronteiras do Egito, sendo encontrados templos, até mesmo na Grécia.
*Ísis, a grande mãe
Seth
O temível Deus da
desordem, guerra, confusão. Possui aspectos negativos como: ira, cólera,
crueldade, causador de desastres e doenças, autoritarismo e morte. Mais tarde, ganha
uma face positiva, sendo o responsável por deter a Serpente Apóphis, na barca
solar no lugar de seu pai Rá. Possuía
domínio das terras áridas, o que foi motivo suficiente de inveja e ira contra
seu irmão Osíris, que possuía as invejáveis terras férteis do Egito ( você
também não colabora né Sr. Atum-Rá? Poderia ter dado meio a meio, mas preferiu
ver o pau quebrar né? Aliás... eu também gostaria hahsgsghahgahsg).
Apesar de seus aspectos considerados negativos, ele faz parte do equilíbrio cósmico. Os faraós consideravam Seth um dos deuses que lhe deram poder e autoridade por todo Egito.
Seth assume forma animal bem indefinida, um animal com traços caninos, nariz pontudo e orelhas longas, cabelo na cor vermelha, representando o deserto e levando como símbolos de poder, o Ankh e um báculo de ponta invertida.
*Seth, o terror do deserto
Em breve parte 2 ;)
Documentários indicados :
Referências
" Somos o caos na ordem e a ordem no caos "
Por Matahari Del Rey
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