quinta-feira, 8 de março de 2018

Tantra - A Sexualidade Sagrada

A deusa no Tantra (parte três) 


Na sociedade pós-moderna mulher e homem são subjugados a polaridade da dependência e independência, é nesta polaridade que o mercado defini um homem ou uma mulher livre. Na tradição Ancestral não ha polaridade ou dualidades como sendo em essência, temos a lida com a inter-agir e inter-atual, energia sexual da mulher e homem inter-agem e inter-atuam com a humanidade e o universo livremente percebendo as oportunidades do amor.

No Tantrismo a mulher é livre para realizar de sua melhor maneira qualquer tarefa ou atividade que lhe interesse. O Tántra originário trabalha desde a Yôga. Na Tradição Uga-Mus o Tántra é uma vertente do Dakshinachara [Tantrismo Branco] desde a consciência [Kundalini] da Tradição Uga-Mus.
Shaktí

Shaktí [A Deusa], a mulher Divinizada 

O termo Shaktí significa energia e por extensão designa a companheira Tántrica, que tanto poderá ser a esposa, amante ou amiga. Também, em um nível mais sutil, poderá ser uma referência a Kundaliní ou inclusive a Mãe Divina. 

No Tántra temos um principio do sublime, segundo o qual diz: "Shíva sem Shaktí é shava". O que pode significar que "o homem sem a mulher é como um cadáver". Shíva é o arquétipo masculino, que deve ser catalizado pela Shaktí, o arquétipo feminino. Isso quer dizer que a mulher quando está como uma companheira Tántrica, é denominada Shaktí, que significa Energia, é aquela que energiza, que faz o homem evolucionar.

Sem a mulher o homem não evoluciona no caminho Tántrico. Nem a mulher sem o homem. É preciso que tenhamos as duas energias [ou polos para alguns] em inter-ação e inter-atuação. Assim, são as práticas Tántricas [inter-ação e inter-atuação]. Esta inter-ação e inter-atuação é o principio que contribui para nos tornar pessoas mais sensíveis e aumentar o sentido de respeito e amor entre mulher e homem.

Assim, no Tántra a mulher é a manifestação da própria divindade e como tal deve ser reverenciada e amada. A reciproca é também verdadeira, pois a mulher desenvolve um sentimento equivalente em relação ao homem.


Parte quatro, aqui! 



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