quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Ritual de Destruição

  • RITUAL DE DESTRUIÇÃO 


"Para um guerreiro envolvido num combate matar o inimigo pode ser sua única preocupação, suprimir toda emoção humana e a compaixão, matar quem se interpuser em seu caminho, seja Deus ou Buda. Esta verdade está na essência da arte do combate."
 - Provérbio citado em killbill volume 1-

Existe um tabu ainda hoje no meio ocultista propagados por pseudo cristãos que adotam o estilo de vida New Age, o da destruição de um inimigo. Os "bruxos" com este pensamento comentam que se você faz o mal à alguém esse mal retornará a você ,mas sob que ótica? Sob qual razão o universo inteiro se desdobraria para agir de acordo com a moralidade, a ética e a justiça humana? Ao meu ver é uma arrogância incomensurável se achar tão importante assim. 

Somos migalhas, formigas inconscientes da grandeza universal, nem toda a nossa extinção seria de alguma importância para a infinidade do cosmos, posso não saber como funciona o cosmos, mas garanto a você que ele não age macrocosmicamente seguindo preceitos humanos. Mas não se engane meu caro leitor, magia pode sim se voltar contra o feiticeiro, mas isso não é porque o universo, (Deus ou deuses, chame como preferir) te acha importante o suficiente pra lhe "dar o que merece", não estou invalidando por completo o fato da magia voltar contra você, a magia pode sim voltar contra o feiticeiro, mas não porque alguém escreveu à alguns séculos atrás que "os deuses decidiram assim" e sim pela própria ineficácia do praticante.

Entenda, tudo que fazemos na vida quando feito de má vontade é ruim pois ou o projeto não sai direito ou estamos nos torturando para aceitar algo que não queremos, essa regrinha é ainda mais potente na magia já que a intenção e o desejo são os ingredientes principais. Quando você faz um feitiço contra alguém, por exemplo, você deve estar desejando aquilo ardentemente, não deve sentir culpa ou remorso de forma alguma, pois se existe este sentimento então significa que você não quer realmente fazer aquilo, você pode querer se vingar de alguém, mas se seu ódio ou indiferença for suprimido por sua piedade então o trabalho já foi destruído antes de começar. 

Os tolos que apesar de em seu interior estarem apiedados e insistem em fazer o ritual estão correndo perigo da magia voltar contra eles, pois a culpa que reside em seu subconsciente fará de tudo para manter a "ordem universal" (só do seu mundinho pessoal, só dá sua mente em particular), manter seu equilíbrio emocional... 
Isso me lembra uma cena do filme "O último Samurai" 

O samurai fala com o soldado americano: 
"Ela me disse que você tem pesadelos"
Ele responde:
"Qualquer guerreiro tem pesadelos"
O samurai então diz:
"Somente aqueles que se envergonham de seus atos!"

Muitos pseudo magistas vulgarizam suas práticas em desejos fugazes sobre coisas que não precisam, não querem de fato ou coisas que poderiam ser resolvidas sem o uso da magia.

"Use os meios comuns como se não houvesse magia e use a magia como se não houvesse meios comuns."

Agora que os conselhos e alertas foram dados, vamos á prática.

O Modus Operandi ritualístico para se amaldiçoar alguém é infinito por isso irei falar um pouco sobre os ingredientes principais e darei uns exemplos de rituais práticos e simples ao final do texto.

Geralmente um praticante deseja destruir alguém porque ou esse alguem é uma pessoa que segundo ele merece ser destruído ou porque alguém o contratou para isso.

No primeiro caso os resultados podem a principio serem mais efetivos pois o feitiço será carregado emocionalmente de acordo com os sentimentos que o alvo gerou no praticante. Porém no segundo caso o alvo é em via de regra alguém sem conexão com o praticante, mesmo que o praticante se compadeça das motivações de seu cliente ele não teve as experiências do mesmo para sentir a mesma coisa e por tanto ele deve usar outra alavanca, a da indiferença. O praticante então vê a vida do alvo de forma tão indiferente que a vida ou morte do alvo é algo sem importância, a indiferença deve ser tão grande que você não se importe com a morte do alvo ,mas não deve superar seu desejo de realização. 

No primeiro caso  (que o praticante e o alvo tem uma certa ligação), o praticante deve durante as conjurações e o clímax do ritual sentir uma emoção de ódio puro ou desprezo total pela existência o indivíduo. Quanto mais horríveis forem as palavras empregadas ou as imagens usadas ,mais aquilo causará impacto em seu subconsciente, em qualquer ritual que for fazer ,nunca queira nada pela metade, vá direto ao ponto e queira tudo que puder de forma exagerada, é um ritual ,ali você deve explorar todos os seus sentimentos!

Alguns métodos:

  • Pegue uma foto do alvo e recite as conjurações de destruição que mais lhe agradam olhando a foto enquanto visualiza o alvo em seu pior estado, morto, dilacerado, em decomposição e no clímax do ritual queime a foto. Faça seu banimento e está feito.

  • Outro método mais caoista é fazer um sigilo pictórico de um intento, algo como " fulano está destruído e morto" e desenha - lo com caneta em um plástico transparente do tamanho de seu celular, coloque vídeos gore de execuções e acidentes (disponíveis aos montes no bestgore.com)  para rolar no celular com o plástico sobreposto, assista até se sentir satisfeito, queime o sigilo e faça seu banimento.

  • Um terceiro método simples seria o de evocar um espírito goético com especialidade em assassinatos e alimenta - lo semanalmente com carne crua todos os sábados, dando a carne as meia noite e enterrando a ao meio dia (enquanto enterra diga "este que enterro é fulano e está é sua morte), faça até a morte de seu inimigo.



Lembre-se: 

Esteja disposto a comemorar quando o resultado vier e não se arrependa... A culpa pode se tornar um demônio mais perigoso que os que invocou para o feito.


Texto de Leon Blackwood 
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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Ritual de Luxúria

  • O RITUAL DE LUXÚRIA 

Para atrair um parceiro(a)    

"Aquele que diz que a carne é fraca, não tem conhecimento das maravilhas que ela pode proporcionar" -L.B.-

"Existe um demônio no homem que precisa ser exercitado e não exorcizado" -Anton Szandor LaVey-

O sexo é e sempre será uma das maiores motivações humanas! Por isso Anton LaVey dita o ritual de luxúria como um dos 3 principais na magia satânica. Por luxúria entenda qualquer sentimento de cobiça sexual por parte do praticante.

A luxúria, a libido, o amor pelo sexo, é um sentimento natural do ser humano e quando exercitado de forma respeitosa e saudável trará satisfação mútua ao envolvidos e pode também ser usado como meio de iluminação espiritual, que é o caso de práticas como o Tantra.

A negação deste instinto natural acarreta em inúmeros problemas de desvios sexuais, como é o caso daqueles "numerosos casos isolados" de pedofilia de uma certa instituição religiosa onde o celibato é obrigatório aos sacerdotes.

Mas estou fugindo do escopo deste texto.

Rituais de luxúria, segundo a Bíblia satânica são rituais com o intuito de atrair um parceiro específico (ou de um tipo específico) ou para manter um que você já possui preso a você.

A primeiro momento o praticante deve estar totalmente ciente do que deseja e estar receptivo as realizações mágicas, ele deve estar focado em quem deseja atrairNo ritual "tradicional" escrito por LaVey existe uma conjuração específica para o ritual e conjurações auxiliares de chaves enochianas (corrompidas pelo mesmo), mas a intenção do ritual é despertar seu desejo e direcioná-lo, portanto o praticante pode se sentir a vontade para usar as conjurações propostas na Bíblia Satânica tanto quanto modificá-las adicionando suas palavras e desejos ao rito. 

O ponto alto do ritual ,o clímax, deve coincidir com o orgasmo que deve ser gerado durante o rito, para isso o praticante pode e deve usufruir de qualquer método masturbatório que mais lhe satisfaça, enquanto isso ele deve visualizar seu alvo da forma mais vivida possível, realizando todas as suas fantasias sem nenhum tabu. O praticante pode usar fotos, peças de roupas usadas pelo alvo, áudios, vídeos, perfume, etc. Qualquer coisa que direcione efetivamente a mente ao alvo.

Após o ritual o praticante pode descansar, pois a partir daí o universo fará o resto.


Dicas:
  • É aconselhável o ritual ser feito durante a madrugada ,pois o alvo provavelmente estará dormindo e é no período de sono profundo que estamos mais suscetíveis a influências externas.
  • Esteja realmente motivado a conseguir o que quer ,a dúvida irá destruir o trabalho magico como uma lagarta que apodrece a maçã por dentro.
  • Quando a magia funcionar ,use camisinha.



Texto de Leon Blackwood 

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Continuação: Ritual de Destruição 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Os Nômades

Nômades Semitas - Cultura e Espiritualidade  

por Youssef Ishbaq @youssefishbaq  @os7portais

Os antigos nômades da Palestina e Síria do Sul, eram chamados de Náwer. Na Ásia Menor e no Norte da Síria, seu estilo de vida era denominado de Kurbat, Rumeh e Jinganeh (Chinganeh). O significado da palavra Kurbat, não é precisa, mas se supõe que seja uma palavra Semitica e derivada da raiz Árabe Ghabara "ele foi longe" ou do Hebreu Antigo GeR "estrangeiro", ou alguém que vive distante de sua própria terra natal.  

Nos tempos antigos, eram agricultores, pastores de ovelhas, artesãos, tecelões e faziam  algodão e fios de lã para suas roupas, tendas e consertos e o feitio de caixas "estojos" de madeira. Os Náwer, eram "supersticiosos", dados ao culto e especialmente a quiromancia. Alguns são dançarinos e mágicos, enquanto outros são magos, vendem encantos, filtros de comportamentos e poções. 

Durante o inverno os nômades costumavam acampar nos arredores de grandes cidades, em uma espécie de tenda, que era facilmente removida. Durante os demais períodos do ano, eles seguiam para as planícies ou montanhas, onde montavam suas tendas. Suas migrações, não eram de grande extensão; e eles nunca abandonavam totalmente um país, ao menos em circunstancias de absoluta perseguição.

Suas tribos, eram divididas em Casas e identificadas pelo nome de seus "chefes de Casas". As tribos nômades mais antigos - em geral - eram de uma mesma família ou de uma mesma linhagem-descendência. 

Eram em aparência diferentes dos demais povos e tinham características físicas relacionadas aos seus ancestrais, tinham uma aparência ancestral. Figuras esbeltas e bem unidas, por vezes de estatura mediana, peles escuras ou pálidas, maçãs do rosto proeminentes, e cabelo preto. O ângulo facial é bastante ancestral, os olhos escuros não são invariáveis; nas montanhas de Antioquia a cor às vezes é cinza ou azul, e o mesmo ocorre ocasionalmente entre os antigos Semitas Árabes de Petra e Palmyra, entre os Sírios, os Zebeks e outras raças da Ásia Menor. Uma grande mistura de sangue é a causa. 

Em geral o Nômade tem uma aparência indescritivelmente peculiar e uma expressão forte no olhar.  O mau olhado (ain Hara) é a principal superstição dos povos nômades, por terem um forte magnetismo no olhar e a prática contemplativa de moldar a imaginação, os nômades sabem o poder da visão e vidência. 

Embora os nômades tenham um misticismo próprio, nunca foram vistos em práticas religiosas. Durantes as perseguições religiosas, eram acusados por Cristãos e Muçulmanos de adorarem as estrelas ou de praticarem Qabalah, por atribuírem princípios criativos aos símbolos.   

As mulheres nômades se vestem com tecidos naturais, usam ornamentos de prata e bronze, anéis, brincos de ouvido e nariz, braceletes e pulseiras, tornozeleiras e braceleiras. 

O Kurbat (nômades), como seus irmãos em todo o mundo, não tem uma escrita conhecida ou símbolos para letras ou palavras. Seguem uma Tradição Oral e seus escritos são chamados de "Segredos Ocultos" e reservados aos mais velhos da Casa. O seu idioma falado em suas relações intra-tribais é um dialeto semita próprio.

No contexto Bíblico, Abraão era um nômade, habitava em tendas "As Tendas de Qedar". O GeR "Nômade" é bastante respeitado, inclusive na Lei (Torah). Sendo uma das poucas pessoas que os hebreus deveriam receber e acomodar em sua casa. Para os Qabalistas Antigos (Mequbaliem), a palavra GeR, era um acróstico para Gilgul Ruach "Ciclo do Espirito" e o GeR por sua característica nômade, é visto como aquele que levam e manifestam de gerações-a-gerações, povos-a-povos a luz da sabedoria (chochmah) e entendimento (binah) das coisas do espirito (espiritualidade).

A Qabalah é uma cultura e espiritualidade, essencialmente nômade. "e Shet após aprender do livro com seu pai Adão, foi para a cidade de Hanoki, construída por seu irmão Qain" Sefer Raziel. No relato Bíblico, Abrão "deu presentes (qabalah) para os seus filhos" (Torah) com Qeturah, antes de envia-los para Etiópia. Na idade média os Qabalistas (mequbaliem) da Espanha, imigraram para o mundo e muitos deles foram para Turquia e Marrocos.



Dialeto Semita - Vocabulário dos Nômades Kurbat 


Português - Kurbat
Pai - Bábúr
Mãe - Aida
Irmão - Bhairú
Irmã - Bhanu

:: Objetos Naturais
Sol - Gáham
Lua - Heiúf
Estrela - Astara
Ar - Vál e Vái
Céus - Khúai
Terra - Bar
Fogo - Ag
Água - Páni
Chuva - Bursenden
Neve - Khíf
Nuvem - Barúdi
Luz - Tshek
Mar - Dúnguz
Motanha - Thull
A primavera - Kháni
Pedra - Vúth
Sal - Lóu 
Leite - Kír 
CEvada - Jou
Trigo - Gheysúf
Aço - Náhl
Noite - Arát
Dia - Bedis
Cebola - Lussun
Arroz - Brinj
Uma lebre - Kunder
Cachorro - Súrunter
Gato - Psík
Cavalo - Ghora
Égua - Míno
Asno - Kharr
Ovelha - Bakrá
Vaca - Góru
Boi, Touro - Grouf ou Maia 
Galinha - Jeysh-chumári
Porco - Dónguz
Camel0 - Aubba
Corvo -  Kíl
Serpente - Sánb
Peixe - Machchi

:: Partes do Corpo Humano 
Dedo - Anglú
Mão - Kustúm
Olho - Akki e Ánkhi
Cabelo - Vál ou Bál 
Ouvido - Kán e Kannir
Nariz - Gúrgúr
Joelho - Lúlúk
Dente - Dándeir
Cabeça - Sir
Carne - Mársi

:: Números e variados
Um bem - Astal
Um ovo - Ánó 
Um Anel - Angúshteri
Deus - Khánarje 
Um navio - Ghemmi
Barco - Shátúr
Guerra - Lagísh
Um Cristão (Nazareno) - Kuttúr
Porta - Kápi (Turk.) kapi.
Rapaz - Chágú
Moça - Lafti 
Ladrão - Kuft
Tenda - Cháder
Faca - Chírí
Corda - Kundóri
Livro - Kitál, kitáh
Cidade - Viár
Vilarejo - Deh
Ponte - Kienpri
Castelo - Killa
Papel - Kághaz
Pão - Manna
Casa - Kuri ou Kiri
Rei - Padshah
Amor - Mankamri e Kamri 
Mês - Muh
Cor - Táwúl
Ano - Das di mas.

:: Pronomes Pessoais e Possessivos.
Eu - Man
Tu - Tó
Dele - Húi
Meu - Maki 
Teu - To ki
Seu - Hui

:: Número cardinal
Um - Ek
Dois - Di
Três - Turrun
Quatro - Char ou Shtar
Cinco - Penj
Seis - Shesh
Sete - Heft
Oito - Hesht
Nove - Na ou Nu
Dez - Das
Onze - Das ek
Doze - Das di
Treze - Das turrun
Quatorze - Das char
quinze - Das penj
Dezesseis - Das shesh
Dezessete - Das heft
Dezoito - Das hesht
Dezenove - Das na
Vinte - Víst ou Bíst
Vinte um - Víst ek
Vinte dois - Víst di
Vinte tres - Si
Vinte quatro - Chhil
Vinte cinco - Penjeh
Vinte seis - Turrun víst
Vinte sete - turrun víst das
Vinte oito - Chár víst
Vinte nove - Chár víst das
Cem - Sad
Duzentos - Di sad.
Mil - Hazar.

:: Adjetivos
Doente - Numshti
Mal - Kumnarrey
Bom - Gahay
Grande - Durónkay
Pequeno - Túróntay

:: Cores
Preta - Kálá
Branca - Pannarey
Vermelha - Lorey
amarela - Zard 
Verde - Kark
Azul - Niley 

Frio - Siá
Quente - Tottey
Muito -  Bhúyih
Um pouco - Thoráki
O Suficiente (basta) - Basey
Aqui - Veshli.

:: Verbos
Vir - Pá 
Ir - Go ó
Comer - Khm
Beber - Piún
Trazer - Nán 
Falar (dizer) - Fál.




segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Homicídios Mágicos

Você já desejou matar com magia?


Treinamento para novos homicidas.

"... até que a morte nos separe." 

"Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados. " -Gandalf- 

Na magia (e na vida) se você possui alguma dúvida de fazer algo é melhor não o fazer. Ignorar este conselho é perigoso já que, no caso da magia, na melhor das hipóteses não haverá  resultados satisfatórios e na pior, a magia se volta contra você de forma impiedosa. 

Durante o ritual mágico, seja ele qual for, seja qual objetivo for, NÃO SE DEVE HAVER DÚVIDAS! Durante o ritual, o mago já deve possuir a certeza do que se quer, a dúvida que ele possuía já tem de ter sido dissipada na alquimia interna que antecede o rito, na parte intelectual de preparação. 

Um outro problema que o mago pode encontrar na prática, além da dúvida é o das impressões internas maléficas ao objetivo mágico. Um homem que passou a vida toda dizendo que "dinheiro é a raiz de todo o mal" estará flertando com o fracasso quando tentar realizar um ritual de compaixão para si visando o acúmulo ou ganho de dinheiro, pois em seu subconsciente está viva a ideia de que "dinheiro é o mal". O mesmo vale para todo ritual ou ação que pretendemos realizar; isso explica porque que é muito difícil a realização efetiva de um ritual de destruição genuíno cujo objetivo é a destruição total do alvo culminando na morte do mesmo.

Como alguém que nunca viu a morte, alguém que nunca sentiu os sentimentos envolvidos neste tipo de energia pode pensar em realizar corajosamente tal rito? Para alguém que manipula o dinheiro constantemente e sabe como ele funciona e age, é infinitamente mais fácil a realização e o sucesso de um ritual visando melhora nas finanças; tal como uma pessoa que constantemente está em contato com o sexo, sabe manipular esta energia, sabe de onde ela vem e como direcioná-la, terá total sucesso na realização de um ritual de luxúria. Usarei Anton Lavey como rápido exemplo; O mesmo era um homem que esteve em contato com estas três energias mencionadas e soube muito bem usá-las. A morte para ele era natural, via cadáveres constantemente de todas as formas e estados em sua época de fotógrafo forense. Acredito que isso tenha sido crucial para sua percepção da morte. 

Como você pretende fazer um ritual de morte se não está disposto a ver a pessoa morrer de fato? Como fazê-lo se nunca nem viu um cadáver? Como diria Lavey "Aceitar uma coisa intelectualmente é uma coisa. Aceitar essa mesma coisa emocionalmente é outra completamente diferente." O ritual satânico é essencialmente emocional, você deve desejar a morte do alvo emocionalmente e aceitá-la emocionalmente e não só intelectualmente (mentalmente). 

Vejo praticantes desejando a morte de seus "inimigos declarados" de todas as formas, mas os mesmos não aguentam nem ver as mãos da morte quando esta se apresenta em forma de execuções, latrocínios , acidentes ou catástrofes relatadas nos jornais. 

É como ser um eletricista; tem de saber conduzir as energias sem morrer eletrocutado. 

Não estou propondo nenhum assassinato por vias materiais e diretas até porque é crime e estupidez, é o primeiro dos pecados satânicos, em nenhum momento me responsabilizo por loucos ou estúpidos que lerem este texto com intenções criminosas. Estou apenas propondo um nível mais intenso de psicodrama e um estudo mais profundo desta parte da natureza humana. 

A metodologia aqui apresentada será de grande proveito, fazendo com que o magista repense muitas vezes ao desejar a morte de alguém e propor um ritual para este fim, procurando assim meios alternativos de reverter a situação, aumentando o respeito por sua arte, mas se no fim o mesmo perceber que o inimigo é cruel e impiedoso, continua a lhe ameaçar a vida e prejudicá-lo ativamente, não terá então dúvidas na hora de se empenhar em um ritual para se livrar de um ser que está louco para ser extinto. 

A metodologia consiste em expor o magista à energia da entropia e morte durante um período de tempo de forma controlada para que o mesmo consiga então entender a energia em questão e utiliza-la completamente consciente do poder que ela possui e do perigo de vulgariza-la. 

É extremamente recomendável que no fim de cada exercício o magista em questão faça o banimento que melhor lhe couber, seja ele o ritual do pentagrama invertido, o ritual menor do pentagrama ou uma cerveja gelada rindo com a família e amigos (o terceiro geralmente se mostra mais eficaz). O banimento é importante para que o magista não se perca nesta energia e nem crie pensamentos auto destrutivos, mantendo-se sempre em equilíbrio emocional. 

• O Estudo da Morte •


Todo o processo durará em torno de um mês ou mais, o magista deve julgar com sinceridade seus limites e se está apto ou não para continuar e ir ao próximo exercício. 

Como todo exercício, você deve começar de baixo. 

Comece assistindo filmes de horror ou suspense da categoria "gore", os mais indicados são os que são baseados em fatos reais ou não,  mas que não possuam nenhuma conotação mística ou surreal como é o caso de "Hell Raiser", "Evil Dead", "A Hora do Pesadelo" ou "Chuck, O Brinquedo Assassino". 
Indico alguns aqui:

• O Massacre da Serra Elétrica (todos).
• Jogos Mortais (todos).
• As Faces da Morte, documentário (talvez este deva ser visto apenas no começo do último exercício).

Tempo: Durante 5 dias ininterruptos. 

Depois passe para os noticiários, jornais sensacionalistas têm violência aos montes pois é isso que dá ibope aqui no Brasil, veja os obituários, procure na internet as notícias mais perturbadoras envolvendo massacres, guerras, acidentes e catástrofes. 

Durante 5 dias ininterruptos por não menos que 2 horas por dia. 

E por fim, veja fotos explícitas de cadáveres, vídeos de execuções terrorista ao vivo, violência gratuita real. Assista até o fim todas que encontrar. Veja fotos de massacres em cadeias, vídeos explícitos de pessoas agonizando e lutando pela vida até que no fim a luta se mostra inútil. 

Também durante 5 dias ininterruptos por não menos que 2 horas por dia.  

Obs: Neste em especial os banimentos devem ser também mais intensos.

O exercício tem como objetivo fazer com que os levianos desistam e os realmente dispostos se fortaleçam e no fim se questionem se é realmente isso que eles querem, também é uma forma de entender que a morte por mais horrível que seja é um evento natural e que todos estamos sujeitos em um momento ou outro a "dançar com ela". 

Obviamente que tal técnica não supera os que devido a natureza do ofício já possuem contato com esta energia naturalmente. É o exemplo de médicos legistas, peritos forenses, cirurgiões, repórteres, soldados de países em guerra e etc. 

É óbvio também que muitos acharão essa metodologia extrema demais, mas eu vos pergunto, matar alguém também não é? 

"To this day I guess I'll never know
Just why they let me go,
But I'll never go dancing no more
'Til I dance with the dead" -Dance Of Death- Iron Maiden.

Por Leon Blackwood 

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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Demonologia III

Demonologia 

Parte 3. 

Modus Operandi 

"Satanás? Cadê você Satanás!?" - Dona Clotilde- Chaves.

Existem tantas maneiras de se comunicar com demônios quanto demônios no inferno. Basta querer falar com o diabo, ele estará sempre ali para ouvir seu apelo, mas não basta se comunicar com o diabo, deve saber convencê-lo a fazer o que você deseja.  

Para isso magos de todas as linhas se utilizam de torturas e ameaças, acordos, oferendas, sacrifícios e até súplicas e orações para convencer os espíritos

O PACTO COM O DIABO

Existe uma ideia sobre o "pacto com o diabo" cristalizada pelos ignorantes das artes ocultas, algo como "venda a alma ao diabo e ele lhe pagará com tudo que desejar", se fosse tão fácil assim acha que teriam igrejas evangélicas com "ex satanistas" (que nunca de fato o foram) desesperados pagando dízimo a líderes religiosos?
Porém a ideia ilustrada por Goethe em seu livro mais famoso existe, é possível que você consiga uma fortuna vendendo a alma ao diabo (se ela valer tanto), assim como é possível, com a mesma dificuldade, pregar um prego na parede com a testa. 

Magia não é para os preguiçosos, magia demanda Vontade e bom senso.

Não é preciso vender sua alma ao diabo (até porque se ele existe, sua alma já é dele só por estar lendo isso) para se conseguir favores do mesmo.

Mas voltando a parte prática.

A forma que irá evocar/invocar o demônio em questão deve ser condizente com sua visão pessoal do que são demônios... Um satanista, por exemplo, não se sentiria bem conjurando demônios usado egrégoras judaico-cristãs. Assim como um cristão talvez não tenha tanta eficiência em uma evocação demoníaca se usar uma metodologia voodoo e por aí vai.

Deve ser observado além disso a natureza do trabalho, por exemplo, alguns trabalhos não necessitam que você dialogue com o demônio ou o veja entre a fumaça do incenso, bastando uma ordem bem direcionada e alimento para que ele o faça. 

Nesse caso em especial o praticante pode escolher um demônio que tenha afinidade com o desejo em questão, usando uma conjuração pessoal ou alguma já existente em grimorórios como "As clavículas de Salomão" ou "Grimorivm Vervm". No caso dos preguiçosos, repetir o nome do demônio observando seu símbolo/selo também demonstra eficiência se o fazê-lo com forte intenção e foco. 

Depois de sentir sua presença ou ver algum sinal característico você pode então dizer seu propósito. Diga claramente o que deseja ,se quer um emprego novo diga " nome do demônio eu quero que me conceda um emprego novo de meu agrado", não fique enrolando. 

Depois entregue a oferenda, que por sua vez deve ser condizente com as preferências do demônio, ou condizente com a natureza do trabalho. 

Mas para aqueles que desejam ver o demônio, existe a evocação visual usando o tradicional incenso ou por meio de scrying, para isso basta por um incenso de aroma correspondente  (ao demônio é claro) e durante a evocação observar atentamente a fumaça se distorcendo, não busque formas , o demônio irá se manifestar quando você não estiver preocupado com isso, da mesma forma o scrying (observar uma estrutura reluzente de forma concentrada e continua até a visão desfocar e trazer as imagens do que se deseja, neste caso, do demônio) pode ser utilizado com eficiência e inclusive junto do incenso, recomendo para isso um espelho negro. 

Nessa forma de evocação o praticante deve, assim que sentir ou ver o demônio, se manter firme em seu desejo e dizê-lo, pouco importa se falar mentalmente ou em voz alta, o espírito por sua vez se responder, responderá em sua mente. 
Mas o praticante deve ter em mente que ver o espírito é apenas uma consequência de entrar em contato com o mesmo, não deve se "encantar" com os "prodígios" que ele lhe manifestar, pois isso irá tirar o foco do ritual e o espírito vai comer sem pagar a conta.

Vejo em muitos grupos de pseudo goetia por aí, praticantes que fotografam a fumaça ou seus espelhos na esperança de mostrar ao público sua "grande descoberta" e acabam gastando tempo e energia apenas para no fim serem motivo de piada para aqueles que realmente entendem... lembre-se "querer, conhecer, ousar e CALAR A BOCA".


Para aqueles que desejam OBRIGAR o demônio, quando a gente pede uma coisa para uma pessoa e ela não faz, o que fazemos? 

A) pedimos de novo para levar outro "não"?
B) desistimos?
C) pedimos a outra pessoa? 
T) torturamos até ele dar ou até ele morrer? 

Acertou quem escolheu a letra "T". 
(Pense nisso quando seu marido não quiser lavar as próprias cuecas)

Para isso você deve antes de evocar o demônio, criar um local para o mesmo residir ,uma espécie de boneco voodoo, um papel com seu selo já basta. Entenda que ali durante o ritual de evocação aonde você irá direcionar o espírito é o local aonde ele irá se manter neste mundo, ali por hora será seu corpo físico. Destruindo o selo você destrói a conexão com o espírito, quanto maior sua conexão com o mesmo mais forte ele se torna ,logo quanto mais você ferir o símbolo dessa conexão, mais ele se sentirá ameaçado a perder essa conexão. 

Um exemplo:

Depois de ter feito todo o trabalho e ter feito suas oferendas ,depois de um mês o espírito não der nenhum sinal de realização, chame-o de novo e faça um ultimato ,se ele não der nenhum sinal (de realização e não de presença, lembre-se disso!) você irá começar a torturá-lo até destruí-lo ou até ele cumprir o que foi comandado. Se ele não o fizer ainda sim depois de 3 dias de tortura, queime por completo o papel sem pensar duas vezes! Não sinta pena e por tudo que é mais sagrado, não o chame novamente, eles são bem rancorosos!


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Por Leon Blackwood 

Shivaismo Radical -OS AGHORIS-

Os legítimos herdeiros de Shiva


Diferente de muitos gurus indianos que pregam o desapego material com uma mão enquanto cobram fortunas no pedágio da porta da "verdadeira iluminação", os aghoris de fato são desapegados a tais bens, mas não só a bens materiais como também a matéria como um todo e isso inclui seus corpos. 

Os Aghoris são um grupo de sábios que praticam o Shivaismo (culto a Shiva) de acordo com a Aghora (religião Aghori). 
O culto aparentemente foi difundido no século XIV na Índia, e continua até hoje. Eles não se utilizam do sistema Védico (baseado nos Vedas, antigos textos hinduístas), se baseando apenas no que diz respeito a Shiva.  

A essencia da mensagem que seu culto passa reside na tradução do nome de sua temida religião. Aghori do sânscrito "अघोर" significa "nada é terrivel", eles pregam que se Shiva é perfeito, logo toda criação é perfeita, não existindo portanto o mal, sendo o ser humano alguém que deve transcender seu corpo e emoções para tornar-se um Shiva (ou uno com Ele) vivendo de acordo com a ritualística Dele. 

Os Aghori por terem essa visão, não acreditam no sistema de castas atual da Índia, uma visão que permite acreditar-mos na igualdade social e na importância e perfeição de cada ser individual, porém, por trás dessa linda mensagem existe uma ritualística tão extrema que causa repulsa nos ocidentais e faz os próprios hinduistas temerem e odiarem os Aghoris. 

A meditação Aghori esta focada na Morte, e como Shiva é o deus criador da meditação, eles levam meditação muito a sério. 

Sexo mágico tântrico, fumar maconha e outras ervas semelhantes para entrar mais facilmente em contato com Shiva e ficar horas ininterruptas meditando são algumas práticas comuns aos aghoris, mas com certeza não as mais radicais.

Viver só de tanga ou mesmo nu, seja no frio ou no calor, se cobrir dos pés a cabeça com cinzas funerárias, dormir em cemitérios, 
beber e tomar banho na água sagrada do Rio Ganges (um dos mais poluídos do mundo), beber licores e vinhos proibidos religiosamente, urina de vaca, a própria e até de cães vadios em um crânio humano (chama-se Kapala), comer restos de comida do lixo, comer qualquer tipo de carne, isso inclui carne podre e carne humana (no hinduísmo grande parte dos praticantes consideram comer carne um tabu), há rituais aghori onde eles meditam sobre um cadáver (facilmente encontrado boiando no Rio Ganges) e comem parte de sua carne podre em um ritual canibal dedicado a Shiva. 

Seus rituais são sempre cruéis e dolorosos, é necessário para transcender Shava (corpo) e tornar-se Shiva, em outras palavras, superar as condições humanas. 

E você aí se achando o Mago Negro por trabalhar com Goetia (pausa para risos). 

O Aghori mais importante foi Kinaram, dizem ter vivido 150 anos e que era um dos avatares do próprio Shiva, existe ainda hoje um templo dedicado a ele, sendo ele considerado o Aghori mais sagrado até hoje. 

Os simbolos/objetos mais comuns neste culto são os crânios (Kapalas) onde eles comem e bebem em honra a Shiva, o tridente de Shiva (representante dos três Shaktis/poderes primordiais: icchi, poder do desejo; jhana, poder do conhecimento e krya, o poder da ação), as serpentes (símbolo de Shiva superando a morte), as cinzas humanas usadas para cobrir o corpo e as mortalhas usadas como roupas (também símbolo da superação da morte), o bastão (representa a coluna vertebral, o caminho da Kundalini, levando o Aghori a iluminação). 

Mas, apesar de todo o terror, medo e repulsa de todos, os Aghori são chamados em emergências espirituais e até físicas; os Aghoris são exímios curandeiros e feiticeiros habilidosos, possuem o poder de absorver as energias negativas e poluentes dos corpos para transmuta-las tanto quanto envia-las a alguém. Além disso tudo, os Aghoris tem forte ligação com o universo e a criação, possuindo (sengundo eles) poderes para modificar o meio ambiente em que vivem, alterando até condições climáticas, embora raramente achem necessário. 

Embora assustadoramente terríveis tanto para pessoas comuns quanto para os próprios seguidores da via esquerda, os Aghoris possuem uma filosofia memorável que pode nos ensinar muito sobre o valor da vida. 

OM NAMAH SHIVAYA.

Por Leon Blackwood

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Demonologia II

Demonologia 

Parte 2. 


O que não fazer. 

"Digo-lhe novamente, não evoque ninguém que não possa mandar de volta; quero dizer ninguém que por sua vez chame algo contra o senhor e contra o qual seus recursos mais poderosos não possam ter eficácia alguma. Busque os menores, para que os maiores não desejem responder e tenham mais poder do que o senhor" - O Caso de Charles Dexter Ward - H. P. Lovecraft

Como podem ver, nosso querido Lovecraft nos dá a primeira regra em um de seus mais aclamados contos... Claro que "O Caso de Charles Dexter Ward" é só um conto muito bem escrito cheio de rituais e palavras mágicas, conto esse que indico muito a vocês para lerem. Mas a frase acima embora tenha sua conotação de verdade, tem sua parcela de mentira também quanto a prevenção sobre chamar "Os menores" por ser menos perigos. 

Na verdade o que o praticante deve ter em mente desde o início é que NEM SEMPRE É COMO NOS LIVROS. 

Evocar um demônio "menor" com a esperança dele ser mais dócil com o evocador é de uma ingenuidade genuína, posto que independente da classe, posto, cargo ou outra coisa que esse demônio seja ele ainda é um demônio, um ser muito mais antigo que você. 
Vamos pegar a Goetia como exemplo, esse tão "profano" e controverso sistema de evocação... nele, assim como em muitos outros grimórios, existe uma certa hierarquia obedecida entre os demônios, alguns são duques, outros príncipes, reis. Essa linha de lógica, essa hierarquia foi criada por um (ou mais) demonologista astuto com grandes conhecimentos que queria um sistema de mapeamento hierárquico para classificar os demônios de suas operações, em outras palavras esse sistema é somente mais um sistema, só mais uma visão dos demônios, que embora seja adotada por muitos até hoje, não deixa de ser só uma visão. Uma forma de se comunicar com essas forças.  

Trocando em miúdos ainda menores, você corre perigo igual evocando um demônio menor ou um maior. 

Um outro ponto que deve ser observado é a diferença entre invocação e evocação, é bom não confundir ou alguém vai entrar de jeito em você, e é melhor gostar, caso contrário, vai doer ainda mais. 

Invocação: trazer algo para dentro de si. 
Evocação: trazer algo para sua presença. 

Na teoria quando fazemos uma invocação demoníaca (ou qualquer outra) estamos tentando absorver a energia e as características do ser invocado, logo alguém que invoca Asmodeus por exemplo, deve atrair oportunidades para transas, amantes e toda a luxúria que este espírito carrega, sua libido aumentará consideravelmente e possivelmente você pode se tornar um pouco mais violento. 

Na evocação você traz um demônio para que ele faça seu trabalho sujo, continuando com o exemplo de Asmodeus, o magista pode direcionar tal demônio para um casal do qual é desafeto para que eles briguem, se traiam e se separem... Mas isso é a teoria, na prática os efeitos colaterais são os mesmos, o evocador/invocador aos poucos vai ganhando as características do demônio que in/evocou, é como um namoro, quanto mais tempo se relacionando com aquilo você vai ganhando traços e trejeitos. Por isso é bom manter o contato apenas até o fim do trabalho, nem um minuto além disso. 

Depois do trabalho terminado você deve fazer um banimento, de preferencia na mesma linha de pensamento da que usou para in/evoca-lo. 

A Manifestação:

São inúmeras as formas e meios em que se manifestam, e acredite, eles aparecem mesmo que você não peça; pesadelos, sombras, sussurros, coisas quebrando, cores específicas que aparecem com constância, personagens na TV com semelhança gritante ao demônio... São inúmeras. Quando evoquei Focalor uma vez, diariamente eu via um gato morto, não que tivesse algo escrito sobre isso na descrição do demônio, me parece que Focalor não gosta muito de gatos (rsrs). 

Não se engane, manifestação não é sinal de eficácia, só significa que você conseguiu contato. Muitos praticantes são enganados no início por ficarem fascinados pelos sinais. " E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse... " -Apocalipse 13:13, 14- 

É importante impor sua vontade sem medo, o medo, muito embora seja útil na hora do ritual de evocação para criar um clima emocional propício, não é muito útil depois do ritual, obviamente que o demônio se alimenta de emoções, o medo é uma delas, o praticante deve tomar cuidado para que com isso não seja obsediado pelo demônio. 

Sobre Alimentação:

Demônios, Deuses, Espíritos extra planares, todos possuem uma coisa em comum, são na teoria infinitamente mais poderosos que você. Então por que um ser dessa magnitude precisa de alimento concedido por um energúmeno para poder fazer um trabalho pra esse mesmo energúmeno?  (você é  o energúmeno, caso não tenha percebido) a resposta é simples, mágica. Uma teoria boa seria a de que aquela energia (demônio) que corresponde a você (evocador) é que será torturada, como se apenas em entrar em contato com você ele esteja limitando a sua forma existencial podendo assim ser preso e torturado, mas isso se dá apenas no mundo mental/astral do mago, logo se você torturar "seu" Belial não influenciará no Belial do amiguinho. 

Vamos as recomendações. 

  • Nunca evoque um demônio em um momento de insegurança ou fraqueza, eles se alimentarão disso e você não terá poder para manda-lo embora. 

  • Nunca evoque um demônio que você tenha queimado o selo em sinal de expulsão ou exorcismo, eles são bem rancorosos. 

  • Nunca evoque um demônio antes de estudar o mesmo o máximo possível. 

  • Nunca ofereça o que não puder dar ou prometa o que não puder cumprir. 

  • Não foque nos sinais do espírito e sim nos resultados. 

  • Nunca ameace o espírito se não estiver disposto a cumprir com a ameaça. Se prometeu destruir o selo dele se ele não acatasse a ordem então destrua se ele não acatar. 

  • Nunca, jamais faça um trabalho mágico se estiver em dúvida do que quer. 

  • E o mais importante, nunca, sob nenhuma circunstância faça a piada do pavê quando alguém trouxer um pavê para a mesa. 

Continuação: Demonologia III 


O resto vocês aprendem por experiência própria... 

No próximo texto teremos o Modus Operandi, a prática. 

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Por Leon Blackwood 

Os caminhos do Ocultismo

Os caminhos a trilhar no Ocultismo são muitos, mas iremos começar com o que eu chamo de divisores do fluxo do rio.  "O que está e...